Hoje às 16:00h...

Exame de Sueco!! Vai ser no mínimo... divertido :)) Depois conto-vos o tamanho do desastre :P

Porque hoje é 25 de Abril...

Não podia deixar de me lembrar de Portugal e de imaginar como se estaria tão bem a confraternizar com alguns camaradas na Praça Paiva Couceiro!! Eheheh

Espero sinceramente que passem um bom feriado de papo para o ar.

À Dótôra Rute um beijo muito especial porque está a trabalhar, tadinha. Deixe lá, temos todos muito orgulho em si querida!

Mas prometo que esta noite na minha nação brindarei por Portugal, pelos leitores deste blog e pela LIBERDADE, quiçá ao som do 'Grândola Vila Morena'... :)

Sexta-feira 13, lá vamos nós para Hel…sínquia

Claro que esta foi a piadinha [pavloviana] da viagem! E mesmo não havendo nenhuma menina particularmente supersticiosa no grupo acho que todas pensámos o mesmo: ‘se isto afundar, pelo menos ninguém nos tira o divertimento que tivemos!’
Aqui parte do grupo de 12 belas moçoilas, à chegada ao barco :)

Afinal o barco não se chamava Cinderella, mas sim Gabriella… um verdadeiro party-boat de 9 pisos, com restaurante, bar, discoteca, máquinas de jogo em cada canto, sauna, sala de congressos e o tão cobiçado tax free onde os suecos se perdem a comprar álcool que depois emborcam no barco até não se aguentarem em pé.

Diferentes vistas enquanto cruzávamos o Mar Báltico...

Ficámos alojadas em camarotes como este. O meu por acaso era o mais simpático de todos, com direito a janela e tudo!! Na primeira noite não dormi grande coisa com o balanço do barco, mas na segunda soube-me muito bem o embalo :)

O aquecimento para a noite de festa….

Mais aquecimento…
E a bela tequilla sunrise preparada pela Uwana, depois de no termos abastecido com álcool ‘barato’ do Tax Free.
E logo a seguir, um pézinho de dança na discoteca flutuante

Depois de 16 horas de viagem chegámos finalmente a Helsínquia!

Tínhamos apenas 7 horas para visitar a capital, por isso decidimos deixar de parte os museus e passear pela cidade. Visitámos as 3 principais igrejas da cidade, todas elas impressionantes.
Primeiro a Uspensky, uma espectacular catedral ortodoxa que não deixa esquecer a influência russa na Finlândia, facto que parece não ter deixado grandes saudades ao povo finlandês.

Depois a Catedral Luterana Tuomiokirkko, totalmente diferente da primeira, mas igualmente majestosa. Por fim a original Temppeliaukion, também protestante mas muito mais moderna. Construída em 1969, esta igreja circular de extraordinária arquitectura está literalmente metida na rocha e é bastante utilizada para concertos.
A seguir comprámos alguns souvenirs, aprendemos umas palavrinhas de finlandês e fomos almoçar a um restaurante indiano.
De tarde visitámos um mercado e passeámos pela cidade até à hora de voltar para o barco.
Fartas de sandes, decidimos que o jantar seria em grande e comemos no buffet até não haver nem mais um centímetro de estômago livre :)
A segunda noite foi mais calma e como perdemos o Karaoke, resolvemos cantar ao som dos covers do 'Rick Bauer Trio'.

Mas o melhor de tudo foi assistir aos suecos e finlandeses que dançavam furiosamente como se não houvesse amanhã!

Devo dizer que Helsínquia não me impressionou grandemente enquanto cidade, talvez pelo frio e vento que fazia... Mas a viagem valeu a pena pelo divertimento e pelo espírito a bordo do barco.
E ficou no ar a hipótese de outro cruzeiro, quem sabe até à Estónia ;)

Rumo à Finlândia!

É a bordo do Cinderella que hoje, às 16:45h, um grupo de doze meninas partirá rumo a Helsínquia. Por aproximadamente 20 euros atravessaremos o Báltico, numa verdadeira cidade flutuante que promete animação durante as 16 horas que dura a viagem (da última vez passei 16 horas num combóio...). Para os meus patrícios que estiveram em Estocolmo isto é caríssimo porque, segundo sei, os meninos conseguiram fazer os cruzeiros todos de borla, com pequeno almoço incluído! :)

Kiruna – Dream Trip

Depois de um longo período de hibernação (e após várias reclamações!), o meu blog acorda! Siiim já é primavera, os passarinhos cantam, o verde começa a surgir um pouco por toda a parte, o sol brilha mais…. E continua um frio de rachar! Mas não é de flores e primavera que quero falar, mas sim de neve, gelo, frio… pode não parecer apelativo, mas visitar a Kiruna é algo único!

Kiruna é uma cidadezinha perdida no meio do nada, 150 km a norte do círculo polar Ártico. Porque é que todos os estudantes internacionais lá vão? Boa pergunta… todos os suecos com quem falei disseram que nunca lá tinham ido… mas parece quase uma tradição para quem faz Erasmus em Uppsala!

16 intermináveis horas de comboio para lá chegar… é preciso muita imaginação para fazer o tempo passar. Poker, música, livros, conversa, anedotas, passeios pelas várias carruagens, umas paragens para café no bar do comboio, tudo serve. Devo dizer que o grupo não era propriamente o mais divertido, mas foi o que surgiu: Theresa, da Áustria, Christian, da Alemanha, Rinse, da Holanda, Mads, da Dinamarca e eu e a Ana (que teve a brilhante ideia de ir de avião!).

No primeiro dia demos uma volta pela cidade e ficámos a saber que foi fundada em 1900 por um geólogo visionário chamado Hjalmar Lundbohm, primeiro director da mina LKAB. Actualmente, esta mina de ferro é a maior mina subterrânea do mundo, com 400km de estradas no interior e cerca de 9000 trabalhadores! É uma verdadeira cidade subterrânea, com restaurante e tudo no interior e talvez o único sítio indoor na Suécia onde se pode fumar :P

A visita guiada teve ainda direito a café e bolinhos no final, mas infelizmente o senhor que cultiva cogumelos japoneses não estava naquele dia, por isso não pudemos apreciar a sua magnífica e estranha cultura.

De volta à superfície… visitámos a igreja local, oferecida pelo fundador da mina à população, construída unicamente de madeira. A estrutura assemelha-se a uma tenda Sami, o povo nómada local que viu as suas terras invadidas por homens-brancos de estranhos costumes. Provavelmente a arquitectura escolhida foi uma tentativa de calar algumas bocas. Ainda hoje existem alguns conflitos entre Samis e suecos, pois apesar de já não serem nómadas, os Samis reclamam para si as terras da Lapónia.

Ficámos alojados nesta cabaninha no meio da neve e das árvores, 15 km a sul da Kiruna. Gelado lá fora, quentinho lá dentro. Claro que os 2kg de massa e o belo Periquita tinto também ajudaram :)

Paisagens de cortar a respiração, um lago completamente congelado ideal para andar de snowmobile! Foi o que fizemos no dia seguinte, de manhã pela fresquinha :)

Poucos quilómetros depois da partida, consegui a proeza de enterrar a mota num espectacular snow-dive! Ehehe, lindo!!
23km depois chegámos ao Ice Hotel, o hotel em que tudo é de gelo! Todos os anos é construído um novo hotel, que acaba por derreter... por isso o Ice Hotel apenas toma de empréstimo o gelo, que depois volta à sua origem. Uma verdadeira obra de arte!

Os quartos...
a igreja (na qual se casam 150 casais por ano) e as várias salas...

e o magnífico bar da Absolut (patrocinadora oficial do hotel). Infelizmente estava fechado, por isso provavelmente terei que ir ao de Estocolmo…

No caminho de regresso conduzimos sozinhos em freestyle! O melhor de toda a viagem :)
A seguir o nosso guia levou-nos até à sala de refeições… ao ar livre, pois está claro!

E deliciámo-nos com carne de rena, acompanhada de batatas e doce de Lingonberry (não sei se existe um nome em português para este fruto vermelho…). Apesar de a ideia de comer carne de rena não ser muito simpática, a carne é óptima! Mas foi uma experiência única, porque não é possível ir ao talho e comprar carne de rena, as renas são propriedade dos Samis e só eles as podem caçar e vender! É verdade!

Depois da passeata, casa outra vez. Mas o pessoal não estava numa de festa, por isso eu e a Ana tivemos que mostrar como a malta portuguesa sabe aproveitar o tempo na Suécia… Um pôr-do-sol lindo, um silêncio, uma paz… Que tal uns gritos à beira lago para libertar a tensão? Inspirar, preparar, gritar! 'Aaaaaaaaaa! We loooooove Kirunaaaaa!!' Ehehe, excelente! Foi um momento único, que tenho a certeza que vamos lembrar sempre ;) Para terminar, Björk - a banda sonora perfeita para este sítio de sonho.

E este snow angel fui eu que fiz :) tinha que deixar a minha marca na Kiruna!

À noite o pessoal foi todo para a sauna, a maior que já vi na minha vida…
Claro que toda a gente rebolou na neve, mas só as meninas lusas tiveram coragem para intercalar o calor da sauna com um banhinho de lago!! Sim, esta portinhola dentro da sauna dava directamente para o lago. Woo-hoo, loucura!
De regresso a casa (já só eu e a Ana, as resistentes) até tivemos um encontro imediato com um urso no caminho, mas quando nos aproximámos constatámos que o bicho não se mexia e era mais tipo… um contentor do lixo… enfim, é o que dá beber água do lago quando se está em estado de desidratação…

No dia seguinte foi dia de descansar, porque tínhamos pela frente outras 16 horas de comboio. A Ana ainda se aventurou no dogsled :) e eu confesso que fiquei com pena de não ter ido também… Por ver ficaram também as northern lights (Aurora Borealis)… o que quer dizer que já tenho pelo menos dois motivos para voltar à Kiruna um dia. E também para rever o nosso guia, o Liefe, o sueco menos sueco que já conheci: caloroso, super irónico, infractor das regras (!!), daquelas pessoas com quem se empatiza de imediato.
E como ele nos disse à despedida: “Have a good life!”

International Gasque

Quando? Sábado 24/02/2007– 17:30h - 4:00h
Onde? V-Dala Nation
O quê? The International Gasque
Para quem? Todos os estudantes internacionais

Os suecos levam esta história das ‘Gasques’ muito a sério, por isso o ambiente deve ser o mais formal possível. Roupa a rigor, penteadinhos estilosos, sapatinho-de-ir-ao-figo, enfim tudo o que tenha a ver com bom aspecto é desejável.
O jantar começou cedo, a comida foi boa mas em quantidade miserável, o vinho muuuito bom (um Dão português, pois está claro!). A animação esteve sempre presente e mais uma vez tivemos que cantar as típicas canções suecas, intervaladas por um shot de snäps (pééssimo) :) Tivemos ainda direito a duas brilhantes actuações, de uma banda e um coro masculino.
Depois do jantar continuou a festa, abriram-se as portas a todos os que não conseguiram ou não quiseram comprar bilhete para a gasque e começou o bailarico!
Como as imagens valem muitas vezes mais do que palavras, aqui ficam algumas que ilustram o que foi a noite de sábado:

As entradas...

Snäps doce ou amargo?

Eu e um representante da máfia italiana :-)) ehehehe

Representantes franceses do mais alto nível!

Eu e a Juliane :)

África do Sul, Alemanha, Portugal e Holanda unidas pelo champanhe sueco! :)

Tenho a certeza de que depois deste evento o pessoal ficou muito mais unido. Foi muito bom encontrar todos os amigos (recentes, mas os melhores actualmente) na mesma noite e festejar o simples facto de ter a fantástica oportunidade de viver o Erasmus numa cidade como Uppsala!

A pedido de muitas famílias...

…cá vão as últimas novidades:

O frio continua! Anteontem foi a loucura e Uppsala atingiu os 22 graus negativos :S
Como diz a Hanna (babelle of my heart) de -10ºC para baixo é tudo frio…
O rio está congelado em vários sítios, o que lhe dá muito mais encanto. Os desgraçados dos patos é que não devem achar grande piada.

Apesar do frio, o sol finalmente brilhou por estes lados! Os dias estão visivelmente maiores e de vez em quando faz um sol que, mesmo fraquinho, levanta o ânimo.
E também se fez luz na minha cabeça, finalmente consegui escrever algo realmente interessante para o projecto, só custa começar, depois flúi.

Amanhã é o dia por que todos os estudantes de Erasmus esperam – dia do International Gasque (gasque=baile de gala). Infelizmente deixei a compra do bilhete para a última da hora e quando tentei comprá-lo estava esgotado :( Como não desisto facilmente, pedi para me porem em lista de espera, não fosse alguém desistir. E para grande consolo meu houve mesmo uma desistência! Por isso amanhã é dia de vestir a roupinha de domingo e ir festejar.

A semana passada, com a alemã Juliane, fiz a descoberta mais interessante até agora: há um sítio mesmo ao lado do ginásio, onde todas as sextas-feiras fazem uma ‘Afterwork Party’. Basicamente a malta sueca junta-se num bar que mais parece um palacete e durante quatro horas é comer, beber e cantar em uníssono ao som de uma banda de covers. A entrada é grátis, a comida é de borla. Tudo isto depois de uma sauna quentinha vem mesmo a calhar. Querem melhor??
Sexta-feira é agora sinónimo de “dia de jantar-à-pala”!! :)

Por falar em borlas, eu e a Ana tivemos também a sorte de andar de táxi sem pagar esta semana. O taxista que conduzia o carro achou piada ao facto de sermos estudantes e decidiu não cobrar nada pela viagem. E mais, ainda se ofereceu para nos ajudar em qualquer coisa que fosse preciso… por exemplo, providenciar uma televisão se quiséssemos! É que vida de Erasmus é pobreza mesmo, nada de carro, nada de TV. Mas a malta aguenta é claro! ;)

E pronto, por hoje é tudo. Para a próxima prometo umas fotos fresquinhas! Por isso não percam o próximo post… porque nós também não!